Dia da Consciência Negra não tinha uma extensão tão grande com relação ao que ela se propunha, destaca advogada Lucimary Passos
A luta pela igualdade racial é muito antiga. E o Dia da Consciência Negra é uma data que vem para reforçar que essa é uma luta de todos. Celebrada em diversas partes do país desde os anos 1970, só agora que ela se torna feriado nacional e em 2024 é a primeira vez que o feriado acontece.
E nesta quarta-feira (20), a advogada e mestranda em Direitos Humanos pela UFPE, Lucimary Passos conversou com a reportagem da Rádio Cidade para falar da importância desse dia. Para ela, em 2024 o dia se reveste de um cunho especial. “Só em 2011 que a data teve uma extensão maior em termos do país, mas só alguns estados é que paravam para desenvolver ações e fazer com que essa data fosse um feriado. Quando em 2023 que a lei tornou a data um feriado nacional, é que a gente começa a ver um momento de chamar atenção para a questão étnico-racial do país”, destacou.
Lucimary ainda destaca que a celebração do feriado, agora de forma nacional, apresenta alguns sinais de mudança. “Quando o Enem 2024 traz um tema da questão étnico-racial, quando o Estado de Pernambuco decidiu colocar na grade curricular a vivência dessa questão, durante o ano de 2024, isso pra gente começa a ver sinais de que nossa luta vale a pena. A gente não quer discutir a questão do racismo, da falta de oportunidade e exclusão de negras e negros, somente numa data. É muito pouco.
Ainda segundo a especialista, espera-se que muitas pessoas recebam as informações sobre o tema e que até as empresas façam parte dessa discussão, com ações, pois esse é um movimento que se estende e toma corpo na sociedade.
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