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Educação

Qualidade dos cursos de Medicina piora no Enade 2023


  • 11 de abril de 2025 às 16h02min

Avaliação aponta aumento na proporção de graduações com desempenho insatisfatório, enquanto o debate sobre um exame de proficiência na área continua. (Imagem: Reprodução)

Os resultados do Exame Nacional de Desempenho Estudantil (Enade) de 2023 revelaram uma piora nos cursos de Medicina em comparação à última análise, realizada em 2019. Entre os avaliados no ano passado, 20% não atingiram um nível considerado satisfatório. Apesar disso, Medicina ainda lidera como a área com maior quantidade de graduações nas melhores faixas de qualidade, totalizando 45% com notas 4 e 5, ante 13% e 51% observados há quatro anos.

O Enade 2023 analisou 9,8 mil cursos de 23 bacharelados e seis tecnólogos, atribuindo conceitos baseados no desempenho dos formandos em uma prova composta por 40 questões. Entre os cursos avaliados no último ano estavam as engenharias e as formações voltadas à saúde. Enquanto Medicina apresentou melhores índices, áreas como Engenharia Mecânica e Biomedicina se destacaram negativamente, com altas proporções de cursos classificados nas faixas de menor qualidade.

Expansão das faculdades de Medicina preocupa
O número de faculdades de Medicina no Brasil quintuplicou desde 1990, especialmente no setor privado, onde 80% das instituições estão concentradas atualmente. Essa ampliação acelerada tem levantado questões sobre a qualidade do ensino. Para enfrentar os desafios, o Conselho Federal de Medicina (CFM) propõe a criação de um Exame Nacional de Proficiência em Medicina, similar à prova aplicada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aos bacharéis em Direito. No entanto, a iniciativa enfrenta resistências e ainda está em discussão no Senado.

Atualmente, há cerca de 390 faculdades de Medicina no país, movimentando R$ 26,4 bilhões ao ano, o equivalente a 40% do mercado de ensino superior. O Ministério da Educação (MEC), em 2018, suspendeu por cinco anos a abertura de novos cursos e o aumento de vagas, com o intuito de preservar a qualidade da formação acadêmica. Desde então, decisões judiciais têm permitido a continuidade de novos cursos em alguns casos.