Inflação desacelera em abril, mas alimentos e saúde mantêm pressão

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou aumento de 0,43% em abril, influenciado principalmente pelos custos de alimentação e saúde. Embora o número represente uma desaceleração frente à taxa de 0,64% apurada em março, a inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 5,49%, conforme divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE.
Entre os nove grupos monitorados pelo índice, oito apresentaram alta neste mês, com destaque para alimentos e bebidas, que subiram de 1,09% para 1,14%. Esse grupo respondeu por 0,25 ponto percentual do IPCA-15. A categoria saúde e cuidados pessoais também pressionou a inflação, avançando de 0,35% para 0,96%, sendo responsável por 0,13 ponto percentual do índice. Juntos, esses dois segmentos representam 88% da prévia de abril.
Os transportes, por outro lado, foram o único grupo com deflação, recuando 0,44%, graças à redução de 14,38% nas passagens aéreas e à queda nos preços dos combustíveis, como gasolina (-0,29%) e etanol (-0,95%), proporcionando alívio para o consumidor.
A prévia do IPCA, conhecida como IPCA-15, utiliza metodologia semelhante à do índice oficial, mas com diferenças no período de coleta e abrangência geográfica. Enquanto o IPCA-15 considera dados de 11 localidades entre 18 de março e 14 de abril, o índice completo será divulgado pelo IBGE no início de maio, refletindo informações mais amplas sobre a inflação. Esses indicadores são fundamentais para o acompanhamento econômico, considerando o impacto no planejamento familiar e as metas estabelecidas pelo governo.