Hospitalizações por influenza crescem no Brasil e acendem alerta em 13 estados, diz Fiocruz

O número de internações provocadas por influenza voltou a crescer em diversas regiões do país, segundo aponta o mais recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O levantamento revela níveis moderados a elevados de casos em estados das regiões Norte, Centro-Sul e no Ceará, com destaque para a maior vulnerabilidade entre jovens, adultos e idosos.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, reforça a importância da adoção de medidas preventivas diante do aumento dos casos. “Recomendamos o uso de máscara em ambientes fechados e com aglomeração, como postos de saúde, além de isolamento em caso de sintomas gripais e, para quem for elegível, a vacinação contra Influenza A”, orienta.
O relatório também aponta um crescimento expressivo de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças de até dois anos, sobretudo na região Centro-Oeste, relacionado principalmente ao vírus sincicial respiratório. Apesar disso, há sinais de estabilização nos números dessa faixa etária.
Mesmo com a Covid-19 em baixa, o vírus ainda figura como a principal causa de mortalidade por SRAG entre idosos nas últimas semanas, seguido pela influenza A.
Atualmente, 13 estados apresentam alerta para a SRAG, com tendência de alta prolongada. São eles: Amapá, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Além disso, 14 capitais brasileiras também enfrentam níveis críticos da síndrome, incluindo grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.
O cenário reforça a importância da campanha nacional de vacinação contra a gripe, que pretende imunizar mais de 81 milhões de pessoas em todo o país.