Desmatamento da mata atlântica no RS sobe quase de 3.000% em 1 ano, aponta levantamento

Em maio de 2024, um evento devastador atingiu o Rio Grande do Sul, quando chuvas torrenciais converteram encostas em cursos de lama, arrastando residências, interrompendo vidas e comprometendo seriamente um dos ecossistemas mais vulneráveis do mundo: a Mata Atlântica.
Um ano após essa tragédia, o recém-lançado Atlas da Mata Atlântica 2025, fruto da colaboração entre a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), revela que a taxa de desmatamento no estado subiu de 52 hectares durante o período de 2022-2023 para impressionantes 1.602 hectares em 2023-2024. Isso equivale a um crescimento alarmante de 2.981%.
O Rio Grande do Sul figura entre os cinco estados que responderam por 13.379 hectares de desmatamento no Brasil, o que representa 93% da perda total, ao lado de Bahia, Minas Gerais, Piauí e Mato Grosso do Sul. O relatório destaca que o principal fator por trás desse aumento nas taxas de desmate no sul foi a série de deslizamentos de terra provocados pelas chuvas intensas de maio de 2024.