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Economia

Dívida Pública Federal atinge novo recorde e ultrapassa R$ 7,6 trilhões


  • 28 de maio de 2025 às 19h03min

Alta dos juros impulsiona crescimento do endividamento, segundo dados do Tesouro Nacional. (Foto: Reprodução)

Pela primeira vez na história, a Dívida Pública Federal (DPF) ultrapassou a marca de R$ 7,6 trilhões. De acordo com números divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (28), o estoque da dívida subiu de R$ 7,508 trilhões em março para R$ 7,617 trilhões em abril, registrando um aumento de 1,44%.

O avanço da DPF tem sido constante. Em junho do ano passado, o indicador superou a barreira dos R$ 7 trilhões pela primeira vez. Apesar do crescimento recente, o montante ainda está abaixo das projeções estabelecidas no Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê o encerramento de 2025 com valores entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.

Composição e evolução da dívida

A Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) também apresentou alta, subindo 1,55% e chegando a R$ 7,31 trilhões. No último mês, o Tesouro emitiu R$ 41,42 bilhões em títulos a mais do que resgatou, com destaque para os papéis vinculados à inflação. A apropriação de juros contribuiu significativamente para essa elevação, adicionando R$ 70,3 bilhões ao estoque da dívida.

Por outro lado, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) registrou uma queda de 1,1%, reduzindo seu valor de R$ 309,54 bilhões em março para R$ 306,13 bilhões em abril. A desvalorização de 1,42% do dólar foi o principal fator por trás dessa redução.

Reservas financeiras e perfil dos títulos

O colchão da dívida pública, reserva financeira utilizada para amortecer impactos econômicos, apresentou recuperação e atingiu R$ 904 bilhões, o maior patamar desde agosto. Atualmente, essa reserva cobre cerca de 8,57 meses de vencimentos da dívida.

O perfil dos títulos também sofreu alterações. Os papéis prefixados, que oferecem previsibilidade para os juros, tiveram sua participação reduzida de 21,51% para 20,23%. Enquanto isso, a fatia dos títulos atrelados à Taxa Selic aumentou, passando de 46,38% para 47,3%, refletindo o impacto das oscilações dos juros básicos da economia.

Expectativas e desafios

O prazo médio da DPF subiu para 4,17 anos, indicando uma maior confiança dos investidores na capacidade do governo de gerir a dívida. As instituições financeiras continuam sendo os principais detentores da dívida interna, seguidas por fundos de investimento e fundos de pensão.

Mesmo diante de um cenário de instabilidade, a participação de investidores estrangeiros aumentou ligeiramente, passando de 9,6% para 9,7% em abril. A tendência de crescimento do endividamento reforça a necessidade de monitoramento constante e estratégias eficazes para garantir a sustentabilidade fiscal.