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Saúde

Gasto com saúde é cinco vezes maior que o lucro com a venda de cigarros


  • 28 de maio de 2025 às 18h00min

Estudo revela o peso financeiro das doenças causadas pelo consumo de tabaco e alerta para medidas de prevenção. (Foto: Reprodução)

Um levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e pelo Ministério da Saúde aponta que, para cada real de lucro gerado pela indústria do tabaco, o Brasil desembolsa cinco vezes mais para cobrir os custos com o tratamento de doenças relacionadas ao fumo.

A pesquisa, intitulada A Conta que a Indústria do Tabaco Não Conta, evidencia que o lucro de R$ 156 mil obtido pelas empresas do setor equivale, em termos estatísticos, a uma morte causada por enfermidades como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou câncer de pulmão. Além disso, os custos diretos e totais por cada morte chegam a R$ 361 mil e R$ 796 mil, respectivamente.

O peso dos gastos e perdas

Outro levantamento do Inca revela que o país destina anualmente R$ 153,5 bilhões aos custos médicos e prejuízos econômicos decorrentes do tabagismo. Esse montante representa 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB). Em contrapartida, a arrecadação tributária do setor foi de apenas R$ 8 bilhões em 2022, cobrindo apenas 5,2% das despesas totais causadas pelo consumo de tabaco.

Do total de gastos, R$ 67,2 bilhões estão diretamente ligados ao tratamento de doenças como câncer, problemas cardiovasculares e respiratórios. Já os custos indiretos, incluindo perda de produtividade e afastamentos do trabalho, somam R$ 86,3 bilhões.

O tabagismo e sua relação com a mortalidade

Dados do Inca mostram que o tabagismo é responsável por 477 mortes diárias no Brasil, totalizando 174 mil óbitos evitáveis por ano. Entre as principais causas estão a DPOC, doenças cardiovasculares, vários tipos de câncer e AVC. Além disso, o fumo passivo sozinho contribui para cerca de 20 mil mortes anuais.

Desafios e medidas de combate

Mesmo proibidos no Brasil desde 2009, os cigarros eletrônicos continuam ganhando popularidade entre jovens e adolescentes. Segundo a pesquisa Vigitel, realizada pelo Ministério da Saúde, 2,1% da população adulta fez uso desses dispositivos em 2023, com maior prevalência na faixa etária de 18 a 24 anos.

Para reduzir o impacto do tabagismo no país, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar. O suporte inclui acompanhamento profissional, terapia individual e em grupo, além de medicamentos como adesivos de nicotina e cloridrato de bupropiona. Qualquer pessoa interessada pode procurar uma unidade básica de saúde (UBS) e iniciar o processo para melhorar a qualidade de vida.