Pediatra alerta para os riscos de crianças que ingerem espinha de peixe

As comemorações tradicionais da Semana Santa aumentam o consumo de pescados na casa dos brasileiros. Nessa época, é importante redobrar os cuidados com a alimentação das crianças na hora da ingestão do peixe. Apesar de aparentemente tratar-se de um problema simples, a ingestão acidental de espinha de peixe merece cuidado para que não se agrave.
De acordo com o pediatra, Dr. Paulo Gustavo Xavier, a ingestão da espinha do peixe geralmente ocorre em crianças menores de 5 anos. “É uma idade perigosa porque a criança não consegue dizer que engoliu alguma coisa, o que dificulta a identificação do adulto. Quando houver suspeita de ingestão de espinha, a criança deve passar por uma avaliação médica urgente”, explica.
Os principais sintomas para identificar na criança a ingestão acidental de uma espinha de peixe é dor na garganta, dificuldade de engolir, tosse, vômito, falta de ar e dificuldade para respirar. Os principais riscos que podem acontecer com a ingestão da espinha é a perfuração do esôfago, lesões no estômago e intestino, o que pode ocasionar infecção grave, sendo necessária a resolução cirúrgica.
Dr. Paulo Gustavo Xavier ressalta que a recomendação é ir ao serviço médico o mais rápido possível. “Se a criança engolir espinha de peixe, não deve ingerir nada após o acidente. Assim, não se deve comer pão e farinha, nem beber grandes quantidades de líquidos, como é orientado popularmente, pois isso pode agravar o problema. O ideal é procurar atendimento médico”, sugere o especialista.
Por Juliana Santos