Renda domiciliar per capita no Brasil atinge maior nível desde 2012

O rendimento médio mensal por pessoa nos domicílios brasileiros alcançou R$ 2.020 em 2024, valor mais alto desde o início da série histórica da PNAD Contínua: Rendimento de Todas as Fontes, iniciada em 2012. Em comparação com 2022, o crescimento foi de 16,8% acima da inflação, quando o valor ajustado era de R$ 1.730.
O levantamento, divulgado pelo IBGE, mostra que todas as unidades da federação apresentaram aumento real na renda per capita entre 2022 e 2024. Em 19 estados, esse crescimento resultou em recordes históricos.
Pernambuco está entre os estados que registraram o maior avanço no período. A renda mensal por pessoa nos domicílios pernambucanos subiu para R$ 1.412, um aumento real de 32,2% em relação aos R$ 1.068 registrados dois anos antes.
Entre as regiões do país, o Sul lidera com a maior renda média domiciliar per capita (R$ 2.499), seguido por Sudeste (R$ 2.381), Centro-Oeste (R$ 2.331), Norte (R$ 1.389) e Nordeste (R$ 1.319). O Distrito Federal ocupa o primeiro lugar entre as unidades da federação, com R$ 3.276, enquanto o Maranhão tem o menor valor: R$ 1.078.
Outros indicadores também bateram recorde em 2024: o rendimento médio habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.225, o maior da série, assim como os rendimentos recebidos por meio de programas sociais, que atingiram R$ 836. O Índice de Gini, que mede a desigualdade, caiu para 0,506, o menor desde 2012.
A pesquisa ainda aponta que a população com algum tipo de rendimento chegou a 143,4 milhões de pessoas no país, e o número de brasileiros beneficiados por programas sociais subiu de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões em 2024.